quarta-feira, 29 de agosto de 2012

BIODIESEL NO BRASIL


A evolução tecnológica dos últimos anos mostra tendências para a adoção do metanol e etanol como processo principal para o uso em mistura com o diesel. Justifica-se pela possibilidade de introdução na frota atual de veículos automotivos, sem nenhuma modificação dos motores.

A diversidade de matérias-primas, processos e usos é uma grande vantagem, mas cada caso precisa ser analisado de acordo com as suas especificidades.
Não existem obstáculos técnicos ou normativos para o início da utilização de biocombustíveis em adição ao diesel, mas sua utilização implica em disponibilidade de insumos, segurança no abastecimento, capacidade de abastecimento, capacidade de processamento pela indústria e integração final aos circuitos de distribuição.

As desvantagens que apresento aqui são implicações de cunho social, o passo que esta política pode contribuir para o fortalecimento do agronegócio no Brasil, em detrimento dos pequenos produtos; a regulação da oferta e da procura depende da produção das áreas agrícolas.

As vantagens do biocombustível são: contribui na redução das emissões de gases do efeito estufa, de enxofre e de material particulado (fumaça preta). Ao mesmo tempo, melhora a lubrificação e a potência dos motores dos veículos por apresentar elevado índice de cetano, é renovável, contribuindo para a redução do dióxido de carbono; pode ser usado sozinho ou misturado em qualquer quantidade com diesel de petróleo, biodegradável e não tóxico.

A produção deste combustível em escala industrial representa economia de petróleo, além de apressar o fim das importações de diesel e possibilitar ao país poupar divisas.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

TODOS DE OLHO NO POTENCIAL DO BRASIL!

A necessidade que os países ricos tem em manter seu modo de produção dentro de um sistema capitalista no qual os seus interesses estão voltados para a manutenção dos seus padrões de consumo, os levam a firmar acordos bilaterais com os países pobres ou em desenvolvimento. Para poder compensar as emissões de CO2 produzidos por sua industrialização e ainda aproveitar o potencial territorial desses países celeiros, fazem valer suas políticas de desenvolvimento limpo e ainda levam vantagens econômicas sobre esses países. Podemos citar o biodiesel no caso brasileiro, pois, existe uma preocupação do presidente norte americano por enfatizar uma agenda ambiental positiva na qual acordos bilaterais facilitarão a expansão do atendimento à esse mercado.
O Brasil cultiva hoje 7 a 8 milhões de áreas com plantações de cana de açúcar e a proposta é de aumentar entre 2 e 10 vezes mais, uma vez que os Estados Unidos não possui área para cultivo de biomassa e necessita aumentar a área de plantação de milho para a produção do biocombustível, sendo assim a abertura de mercado externo é a solução.
Segundo o relatório das Nações Unidas, o etanol produzido com cana de açúcar no Brasil, se cultivada e processada corretamente não libera CO2 para a atmosfera, já a utilização do milho nos Estados Unidos como biocombustível é menos eficiente.
Devemos lembrar que os biocombustíveis que já foram vistos como uma solução para acabar com a dependência de combustíveis fósseis, atualmente são considerados inúteis para o agronegócio e prejudicial para o meio ambiente, porém temos que reconhecer que o mundo hoje deve buscar caminhos que levem a um desenvolvimento sustentável no qual a busca por energia renovável é a mola propulsora para um mundo ambientalmente mais equilibrado. Dentro dessa busca, podemos citar o Global Enviroment Facility (GEF) que é uma parceria mundial entre 178 países, instituições internacionais, organizações não-governamentais (ONGs), e do setor privado para abordar questões ambientais e apoiar iniciativas nacionais de desenvolvimento sustentável.
O GEF co-financia iniciativas que ajudam os países em desenvolvimento, ou cujas economias se encontrem em transição, o financiamento do GEF é proveniente das contribuições dos países membros doadores.
A conclusão que se pode chegar é que, muitas ações tem sido realizadas no decorrer do tempo, porém temos que confessar que há sempre uma dúvida no ar ou até mesmo uma descrença que é fruto de um passado de exploração e submissão às nações desenvolvidas. Será mesmo possível que hoje essas nações possam ter um novo olhar para as mesmas nações que um dia lhes serviu como trampolim para o enriquecimento? ou será uma nova etapa de um processo que um dia foi chamado de colonialismo?



Fonte: Global Environment Facility (GEF)


             http://www.biodieselbr.com/biodiesel.htm/ esse site especifica sobre o biodisel.
 


         

         

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Sustentabilidade em condomínios pode gerar economia e vantagens para os moradores


Por Roberto Aloureiro




A sustentabilidade é uma tendência cada vez mais forte entre os condomínios, sejam eles comerciais ou residenciais. Há várias possibilidades, desde a implantação de medidas relativamente simples, como coleta seletiva de lixo ou reuso de água da chuva, até a instalação de programas completos de sustentabilidade, com a ajuda de profissionais especializados – as regras valem tanto para condomínios já estabelecidos quanto para imóveis novos. Para que os gestores possam conhecer o conceito e evitar qualquer problema ou decepção na hora de implantar um projeto desse tipo em seu condomínio, o Blog Tecnisa entrevistou Newton Figueiredo, presidente do Grupo SustentaX, que atua nessa área. Confira abaixo a entrevista:
Quais as principais ações a serem tomadas por um condomínio que decidiu empreender um programa de sustentabilidade?
Em primeiro lugar é preciso realizar um diagnóstico, para determinar o nível de sustentabilidade que o condomínio já possui e o que pode ser feito para aumentá-lo, reduzindo custos e melhorando os ambientes para os condôminos. O controle do tabaco, a coleta seletiva, a utilização de metais sanitários eficientes, a implantação de capachos especiais para contenção da poeira em todas as entradas e a limpeza “verde”, com o uso de produtos sem cloro, são passos simples, porém importantes para a adesão à sustentabilidade.
Qual o custo médio para a implantação de um programa desse tipo?
Em condomínios residenciais, o diagnóstico inicial pode custar cerca de R$ 5 mil. Somente depois desse levantamento é que é possível se fazer uma estimativa de custos totais.

Quais são as questões mais comuns a serem observadas?
São diversas medidas, e cada condomínio apresenta necessidades específicas. Mas, de uma maneira geral, as principais ações são as seguintes:
- Racionalização no consumo da água: implantação de medidas de consumo racional, como torneiras e válvulas de descargas eficientes, controle de consumo por área (sanitários, paisagismo etc), reuso da água da chuva, implantação de paisagismo com baixas necessidades hídricas e irrigação controlada, além de medidores individuais.
- Qualidade do ar no interior do condomínio: proibição do fumo nas áreas internas do empreendimento e nas áreas externas próximas às entradas, utilização de tintas, colas, vernizes e carpetes com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis, instalação de sensores de CO2 em áreas de grande concentração de pessoas.
- Desempenho de energia: medidas de acompanhamento da performance dos sistemas e gerenciamento do consumo, treinamento para a equipe que garanta a otimizada dos sistemas, compra de equipamentos de baixo consumo (em caso de novas aquisições), que tenham selos Procel ou Energy Star. Além disso, também é possível verificar a possibilidade de comprar energias renováveis (eólica, solar fotovoltaica, solar térmica, biomassa, PCH) que causem baixo impacto ambiental, seja por geração local ou através de compra de produtores, e estabelecer um procedimento para documentar as reduções de emissão de CO2.
- Implantar um Manual de Boas Práticas preditivas, que pode ser distribuído aos condôminos.
- Implantar uma política de compras e de limpeza sustentável: utilizar produtos de limpeza de baixa toxicidade e adquirir equipamentos eficientes; implantar capachos especiais para contenção da poeira em todas as entradas; estabelecer procedimento para garantia do desempenho acústico mínimo; estabelecer procedimento para a documentação de impacto na produtividade;e, em alguns casos, estabelecer procedimento para a criação sala(s) de alívio e recuperação.
- Estabelecer procedimento para criação de espaços com acessibilidade universal;
- Implantar uma política de reciclagem de lixo, com separação, armazenagem e coleta de quaisquer tipos de recicláveis.
Quais são as principais vantagens que o condomínio tira de um programa de sustentabilidade interno?
As vantagens são inúmeras. A principal é a redução de custos, graças principalmente à otimização energética e ao melhor aproveitamento da água. Os impactos na vida dos moradores vão desde a saúde, por meio da utilização de materiais com baixos índices de Compostos Orgânicos Voláteis [poluentes atmosféricos nocivos à saúde] e do controle da qualidade do ar, até a conscientização para a preservação dos recursos naturais que podem ser colocados em prática no dia-a-dia, como a coleta seletiva.
De acordo com estudos do US Green Building Council (USGBC), entidade dos EUA responsável pela certificação LEED – Leadership in Energy and Environmental Design, critério mundial mais utilizado atualmente, as construções verdes apresentam ganho em produtividade dos funcionários, que pode chegar a 16%, reduzem em até 30% o consumo de energia, 50% o uso de água, 35% a emissão de gás carbônico, além de diminuir a poluição gerada pela construção e pela operação do empreendimento. No caso dos condomínios, os custos de manutenção e operação são até 40% menores, com vida útil prolongada.  
Quais são as principais diferenças entre edifícios residenciais e comerciais?
Nos edifícios comerciais, a produtividade dos ocupantes é uma necessidade – segundo estudos, a sustentabilidade pode tornar os colaboradores até 16% mais produtivos. No edifício residencial, o que interessa é o menor valor da taxa de condomínio, a melhor qualidade do ambiente e o maior valor de revenda do imóvel.

Hoje ouvimos falar bastante de “green buildings”. Há alguma vantagem para o condomínio ser certificado com um selo desse tipo? Há incentivos governamentais, por exemplo?
No momento, no Brasil, ainda não há incentivos governamentais para que os edifícios s tornem “verdes” ou recebam a certificação. Entretanto, os próprios projetos sustentáveis se viabilizam, pelos próprios benefícios que eles proporcionam.

Já existem empresas certificadoras de sustentabilidade em condomínios no Brasil?

A certificação se dá por organismos independentes, como o Green Building Council Brasil.

Para ser efetivo, como deve funcionar um sistema de coleta seletiva de lixo? A Prefeitura, por exemplo, realiza essa coleta ou é necessário entrar em contato com outras entidades? Quem realiza esse tipo de serviço?
A principal preocupação deve ser evitar que materiais recicláveis possam acabar em aterros sanitários. Além disso, deve-se também preocupar-se com a inclusão social. Existem cooperativas que recebem os materiais e fazem a sua separação e venda para as empresas. Para mais informações, consulte o site do Instituto Brasil Ambiental (IBA) –www.ibabrasil.org.br .

Quantos condomínios sustentáveis existem hoje no Brasil?
Já existem quatro empreendimentos certificados e da ordem de 100 em processo de certificação, sendo a maioria em São Paulo.

Metas do Milênio - O planeta e o futuro


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O intenso desmatamento e a má qualidade das habitações urbanas colocam em risco o cumprimento dos compromissos na área da sustentabilidade ambiental.

Por Gabriela Michelotti, de São Paulo
Garantir a sustentabilidade, ou seja, promover o desenvolvimento com o uso racional dos recursos naturais, assegurando a qualidade de vida da população e a sobrevivência das gerações futuras, é o grande alvo do 7.º Objetivo de Desenvolvimento do Milênio. O Brasil possui 30% das florestas tropicais e 12% da cobertura florestal restante no mundo, 13,7% do total de água doce superficial do planeta e a maior biodiversidade da Terra. Assim, conseguir o desenvolvimento sustentável com a conseqüente redução das desigualdades sociais é uma questão de sobrevivência para o país e para toda a humanidade.

A sustentabilidade é o tema desta quinta reportagem da série que Desafios promove desde abril sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) e adotados por seus países-membros. Eles consistem em oito compromissos mundiais, como um compromisso mundiais voltados para diminuir a desigualdade e melhorar o desenvolvimento humano, reduzindo a pobreza pela metade até o ano 2015. O sétimo objetivo é o mais complexo de todos os propostos pela ONU, pois engloba itens referentes à preservação de recursos naturais e à qualidade de vida das pessoas nas grandes cidades. Para atingi-lo, os países precisam cumprir três metas. A primeira delas, mais ligada aos temas da natureza, prevê a integração dos princípios do desenvolvimento sustentável às políticas e aos programas nacionais e a reversão das perdas já ocorridas dos recursos naturais. A segunda compreende a redução, pela metade, até 2015, da proporção da população sem acesso a água potável e a esgotamento sanitário. Por último, os países devem alcançar uma melhoria significativa na vida dos habitantes de assentamentos precários até 2020.

Trata-se de uma difícil missão. O patrimônio natural brasileiro vem sendo ameaçado há décadas pelo desmatamento, pela poluição de rios e mares e pelo intenso processo de industrialização e urbanização. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a taxa média de desmatamento na Amazônia Legal observada no período de 1988 a 2004 foi de 18.437 quilômetros quadrados ao ano. Restam somente 8% de mata Atlântica, um dos mais importantes patrimônios naturais do Brasil. Cientistas projetam que o aumento da atividade econômica, aliado ao desmatamento e às queimadas, elevou as emissões brasileiras de gás carbônico, o principal causador do aquecimento global.

A pobreza - um fator raramente mencionado quando o assunto é sustentabilidade - também está diretamente relacionada à deterioração da qualidade ambiental e à perda dos recursos naturais. Sem outra opção de sobrevivência sob a influência da escassez de terra urbana, as populações pobres utilizam os recursos naturais de forma predatória. Muitas vezes, ocupam as áreas de risco e ambientalmente frágeis e impróprias para a ocupação humana, como encostas de morros, faixas de servidão de dutos e linhas de transmissão. Aumentam a ocorrência de desastres naturais, como deslizamentos, o que acarreta a perda de vidas e altos custos econômicos. A realidade nas metrópoles alcança cenários inacreditáveis. A densidade demográfica nas favelas é cinco vezes superior às demais áreas das cidades, por exemplo.

"A primeira meta do 7.º Objetivo do Milênio, por sua abrangência, é a única capaz de resgatar os princípios da Rio 92, mostrando quanto a base ambiental tem a ver com a pobreza", afirma Rubens Born, coordenador executivo do Instituto Vitae Civilis, organização não-governamental (ONG) dedicada à promoção do desenvolvimento e à proteção do meio ambiente. Especialistas e pesquisadores consultados são unânimes em classificar esse objetivo como um dos mais complexos e de difícil solução em comparação aos demais, que possuem propósitos mais claros e muitas vezes quantitativos. "Garantir a sustentabilidade talvez seja o mais difícil dos oito objetivos a ser atingido no Brasil. Nós não temos melhorado as condições de nossos recursos naturais, as pessoas continuam vivendo mal e, do ponto de vista da questão da água, a situação continua periclitante", afirma Marielza de Oliveira, analista de programas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Estudo lançado em 16 de junho deste ano pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) confirma essa visão. Segundo o documento "Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: perspectivas na América Latina e Caribe", o Brasil está avançando mais rapidamente do que a média da região na concretização da maioria dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, como nas metas de educação, gênero, redução da mortalidade infantil, diminuição da pobreza e combate a doenças infecciosas. No entanto, no caso do sétimo objetivo, os indicadores nacionais são menos satisfatórios e ficam atrás dos alcançados por outros países da região. A pior situação é na área de esgoto sanitário. Em 2003, 75,7% da população urbana e apenas 17,3% da população rural possuíam esgotamento por rede geral ou fossa séptica no Brasil. E pior, apenas um terço do esgoto coletado recebia algum tipo de tratamento, o que gera poluição das águas e do solo. Para Born, os indicadores escolhidos para medir essas metas são insuficientes, pois deixam de fora questões cruciais para o desenvolvimento sustentável, como ficou evidente na Conferência Preparatória de ONGs, realizada em junho em Copenhague, para a Cúpula da ONU, sobre os cinco anos de implementação dos Objetivos e Metas de Desenvolvimento do Milênio (ODM+5). "Os indicadores não incorporam, por exemplo, dados sobre a expansão da fronteira agrícola brasileira, hoje um dos fatores mais importantes de destruição de ecossistemas", afirma Born.
Suficientes ou não, as atualizações estatísticas dos oito indicadores escolhidos para avaliar as três metas sobre sustentabilidade serão divulgadas em setembro no novo Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, coordenado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), supervisionado pela Casa Civil e com a participação de diversos ministérios. Esse documento servirá para subsidiar a participação do Brasil na próxima reunião de ODM+5, que acontece, também em setembro, em NovaYork. O texto mostrará alguns resultados positivos, como o aumento da fração de áreas naturais protegidas, a matriz energética brasileira relativamente limpa e a diminuição do consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio, que servem para aferir a primeira meta do sétimo objetivo: integrar nas políticas e nos programas nacionais os princípios do desenvolvimento sustentável e reverter a perda de recursos naturais.

Biodiversidade A primeira das metas do sétimo objetivo envolve cinco indicadores, dois deles relacionados aos recursos florestais e três relacionados ao uso de energia e à emissão de gases poluentes. O primeiro indicador diz respeito à proporção de áreas terrestres cobertas por florestas e pode ser considerado o calcanhar-de-aquiles da preservação da biodiversidade brasileira. O relatório de acompanhamento da sustentabilidade ambiental, que faz parte da Coleção de Estudos Temáticos sobre os Objetivos do Milênio, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), aponta que, de 1990 a 2000, cerca de 2,3 milhões de hectares foram desmatados por ano no Brasil e que 36,8% da superfície do país perdeu sua cobertura vegetal até 2003.

Esses números, no entanto, não refletem a situação real do país, já que só existem dados gerais em relação à mata Atlântica e à Amazônia, sendo que o cerrado, a caatinga, o pantanal e os campos sulinos não dispõem de estatísticas oficiais. "O Ministério do Meio Ambiente busca formas para dispor, já em 2006, de dados que apontem a perda da cobertura vegetal por bioma, considerando os mesmos critérios e escala para todos eles", afirma Sandra de Carlo, gerente de projeto da Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente. Além dos problemas de perda de hábitats, há enorme carência de dados e informações sobre a biodiversidade brasileira, que só agora começam a ser produzidos. "Esse Objetivo, em específico, se diferencia porque é difícil propor metas e indicadores que reflitam a sustentabilidade ambiental. Além do mais, sua mensuração depende da produção de novas estatísticas em diferentes escalas. Não há tradição em dimensionar a sustentabilidade por meio de indicadores, como já existe nas áreas econômicas e sociais", resume.

Houve avanços em relação ao segundo indicador, avaliado pela fração da área de cobertura vegetal protegida, necessária para manter a diversidade biológica, segundo afirma Luiz Fernando de Lara Resende, coordenador do Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e pesquisador do Ipea. "No documento a ser lançado em setembro, vamos mostrar que, segundo dados do Ibama, as unidades federais de conservação aumentaram de 129 em 1980 para 271 em 2005, pelas informações que temos até junho", informa. Resende também chama a atenção para as terras indígenas, que ocupam 12% do território nacional e têm importância cientificamente comprovada na preservação dos ecossistemas. Segundo o relatório, estima-se que as áreas ambientais protegidas por lei já representem 20% da extensão do país.

Legislação Várias políticas públicas vêm sendo adotadas para proteger a biodiversidade no Brasil, como a criação de um Grupo Permanente de Trabalho Interministerial, com a participação de 13 ministérios, e a criação de um leque variado de programas específicos para a conservação dos biomas nacionais, como o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia Legal, o Programa Nacional de Florestas e outros programas de conservação do cerrado, de combate à desertificação e de ecoturismo.

Além disso, existe hoje uma legislação ambiental bastante avançada, mas que quase sempre fica no papel por causa da falta de estrutura de controle. "No Brasil há o clássico problema de avanço na legislação ambiental, mas com dificuldade de aplicação", afirma Maria Inez Telles Walter, coordenadora técnica do Estudo da Rede de Laboratórios Acadêmicos para Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e membro do Centro de Pesquisa Social Aplicada da Universidade Nacional de Brasília (UnB). Para Frank Guggenheim, do Greenpeace, "o novo projeto de lei sobre concessões da floresta Amazônica, por exemplo, pode ser muito interessante, mas, dependendo de como for feito, poderá transformar-se num desastre. Se não houver verba suficiente, as áreas de conservação ficarão protegidas somente no papel", afirma. Os demais indicadores elaborados para avaliar a primeira meta referem-se à eficiência energética, às emissões per capita de dióxido de carbono - o principal gás responsável pelo aquecimento global -, ao consumo de gases que destroem a camada de ozônio e à proporção da população que utiliza combustíveis sólidos, ou seja, lenha ou carvão. A questão energética adquiriu uma importância vital devido ao aumento das emissões de dióxido de carbono e de outros gases de efeito estufa, causado principalmente pela queima de combustíveis fósseis. O Brasil vai bem no quesito das emissões de dióxido de carbono, pois a matriz energética é relativamente limpa por ser baseada, principalmente, em energia hidrelétrica e biomassa, fontes de 41% da energia produzida no Brasil. Assim, as emissões de dióxido de carbono são muito inferiores às dos países desenvolvidos e representam cerca de 1,1% das emissões mundiais.
Saneamento A segunda meta do 7.º Objetivo do Milênio é a redução pela metade, até 2015, da população que não dispõe de água potável e a esgotamento sanitário. A população sem acesso a abastecimento de água tratada diminuiu de 32% em 1991 para 24% em 2000, segundo estimativa da Rede de Laboratórios Acadêmicos para Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Se continuar nesse ritmo, apenas 15% da população ficará sem água tratada em 2015 e a meta do sétimo objetivo será alcançada.

Mas o Brasil vai mal no quesito acesso ao esgotamento sanitário, pois somente um terço do esgoto coletado no Brasil recebe tratamento. A proporção da população urbana atendida por rede geral ou fossa séptica passou de 65,9% em 1992 para 75,7% em 2003, segundo o novo Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Na área rural passou de 10,3% para 17,2%. Os resultados ficam, no entanto, aquém da média da América Latina e do Caribe, segundo o Cepal. "A falta de saneamento é um verdadeiro problema de saúde pública no país, já que é responsável pelo aumento de doenças e da mortalidade infantil", afirma Resende, do Ipea. A perspectiva, porém, é de melhoria, pois o investimento em saneamento básico passou de 13 bilhões de reais no período de 1995 a 2002 para 9,5 bilhões de reais no biênio 2003-2004. A dotação orçamentária para projetos de saneamento chega a 4,5 bilhões em 2005, o que permite prever uma melhora no quadro no médio prazo.

Precariedade O último propósito do sétimo objetivo diz respeito à qualidade de vida dos habitantes de favelas e outros assentamentos precários, fator diretamente ligado à pobreza, à exclusão social, à escassez de terra urbana e à segregação espacial da população de baixa renda. No entanto, muitos especialistas criticam a falta de precisão da meta e a escolha do indicador que mede se ela será ou não cumprida - a proporção de domicílios com posse segura da moradia - como sendo de difícil acompanhamento. Segundo a metodologia utilizada pelas Nações Unidas para Assentamentos Humanos, a proporção de moradias urbanas consideradas adequadas no Brasil passou de 49,4% do total em 1992 para 59,7% em 2003. No entanto, o número de pessoas vivendo em aglomerados subnormais - que representam, em termos gerais, as favelas e outros assentamentos semelhantes - cresceu, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), à taxa média de 4,3% ao ano entre 1991 e 2000. Isso significa cerca de 6,6 milhões de brasileiros vivendo em 1,7 milhões de domicílios localizados em favelas ou outros assentamentos precários. Um dos maiores obstáculos para o alcance da meta é precisamente quantificar o tamanho da população residente em áreas urbanas informais no Brasil. O governo brasileiro ainda não chegou a um consenso sobre a dimensão da meta e trabalha com várias possibilidades. A Secretaria Nacional de Habitação, por exemplo, responsável pelo programa de urbanização de favelas, considera a existência de 1,7 milhões de domicílios em aglomerados subnormais. A Secretaria Nacional de Programas Urbanos (SNPU), que cuida do Programa de Regularização Fundiária, contabiliza um público-alvo de cerca de 13 milhões de famílias.

Entre os dados mais chocantes está o fato de que 78,5% dessas pessoas vivem nas nove principais regiões metropolitanas do país. Ou seja, os cinturões de pobreza das grandes cidades continuam a representar um papel preponderante no quadro de exclusão social de muitos brasileiros. Segundo Marta Dora Grostein, urbanista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, a informalidade na posse dos domicílios começou a ser melhor combatida com o Estatuto da Cidade, de 2001. "Do ponto de vista da regularização fundiária, a situação avançou, mas ela sozinha é insuficiente para enfrentar a precariedade de bairros degradados. São necessários mais investimentos na reconstrução de áreas públicas, como criação de praças, tratamento paisagístico, além de serviços de coleta de lixo e saneamento", explica.

A expansão urbana metropolitana também promove a ocupação de áreas frágeis de preservação, que estão fora do mercado imobiliário, como as áreas de proteção de mananciais ou, no caso de Natal, as áreas de dunas. Essa situação mostra, mais uma vez, que tudo está interligado, pobreza, exclusão social, falta de desenvolvimento e crise ambiental. O mundo só caminhará para a solução desses problemas se atacar todos eles de forma sistêmica, buscando um desenvolvimento sustentável que signifique a erradicação da pobreza, das desigualdades sociais e da destruição ambiental.
Fonte: http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=937:reportagens-materias&Itemid=39

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Esta charge foi escolhida porque podemos associa-la à necessidade que os países desenvolvidos tem de firmar acordos bilaterais com os países em desenvolvimento para assim poder compensar as suas emissões e ainda aproveitar o potencial territorial desses países para a produção de biomassa, podendo assim fazer valer suas políticas de desenvolvimento limpo. Intensionados assim, os países ricos voltam seus olhares para o Brasil a fim de compensar seus excessos de emissões e ainda levar vantagens econômicas.

Fonte:Info Escola


Desenvolvimento sustentavel.

A energia fóssil ainda move o mundo.
O grave acidente na usina nuclear de Fukushima, no Japão, provocado pelo terremoto e pelo Tsunami de 11 de março de 2011, pôs o mundo em estado de alerta e preocupação quanto à segurança desse tipo de usina. Foi o pior acidente de gênero desde a explosão do reator da usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. Na Alemanha, o governo anunciou um junho a intenção de desligar todos os seus 17 reatores nucleares até 2022, que fornecem quase 22% da energia do país, e substitui-los por outras fontes de energia. Trata-se de uma mudança radical e significativa, numa época em que construir mais reatores nucleares era uma possibilidade indicada, dentro das discussões do aquecimento global, como uma solução de energia limpa para países como Índia e China, que precisarão produzir muito mais energia do que agora.
No mundo todo, existem mais de 440 usinas nucleares ( duas delas no Brasil), e a Agência Internacional de Energia Atômica ( AIEA) se apressou em responder ao desastre de Fukushima, convocando uma reunião extraordinária em junho, em Viena, na Áustria, para tornar mais rígidos os controles de segurança das usinas pelo mundo afora. Ao mesmo tempo, pipocaram manifestações populares em vários países, inclusive na Alemanha e no Japão, contrárias ao uso da força atômica.

A busca de energia.
O suprimento de energia em um país é uma prioridade de todos os governos, pois sem ela nenhum setor econômico e social funciona. A busca por recursos permanentes e renováveis de energia é histórica e transformou em área de interesse geopolítico as regiões em que há grandes jazidas de petróleo e gás, especialmente o Oriente Médio.
O consumo de energia não para de crescer, puxado pela economia industrial, pela urbanização crescente e pelo aumento da população. No século XXI, o imenso desafio enfrentado por todos os países é aumentar sua produção de energia e, ao mesmo tempo, procurar equilibrar o uso dos combustiveis fósseis ( como gás e petróleo), que poluem o ambiente, fazem mal à saúde humana e emitem gases que pioram o efeito estufa, e as fontes renováveis, de preferência não poluentes, como a energia hídrica, eólica ou solar.
Na maioria dos países, as possibilidades de construção de represas para usinas hidrelétricas são limitadas ou se esgotaram. Ampliar a produção de energia nuclear é uma alternativa, mas, além de não ser renovável, pois a maioria dos países não possuí jazidas de urânio radiativo, ela acaba de se mostrar, de novo, perigosamente poluente em caso de acidentes como foi o de Fukushima
Bibliografia: Atualidade- Guerra ao terror- 2012
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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A Sustentabilidade nas Escolas


Quando qualquer tema é abordado na educação escolar, faz-se necessária uma pesquisa para saber como está sendo trabalhado, qual a qualidade e os recursos utilizados para que os alunos o compreendam verdadeiramente.
As escolas de um modo geral trazem em seu currículo o tema ecologia, mas cada uma diferencia na maneira e qualidade de exposição do assunto.
Há escolas que felizmente se tornam modelos a serem seguidos por seus exemplos diários de práticas sustentáveis e levam os alunos (crianças e adolescentes) a participarem ativamente desse processo não só no ambiente escolar como em casa e na sociedade.
Porém infelizmente a maioria das escolas não se preocupa em trabalhar todos os dias com essa área, e nem tão pouco servem de exemplo para seus alunos.
Vemos ainda escolas que se lembram da sustentabilidade uma vez por ano apenas, quando é promovida a Semana Dedicada à Ecologia. Nessa semana os alunos procuram demonstrar tudo que sabem apresentando trabalhos maravilhosos, ouvindo palestras, participando de debates e gincanas.
Encerrada a semana acaba-se tudo que foi divulgado e lá se vão os papéis, chicletes e restos de lanches espalhados pelo chão.
As carteiras lixadas ganham novamente os desenhos e rabiscos, e nada mais faz sentido em relação a tudo que aprenderam e pregaram.
Nem mesmo as escolas dão importância ao fato, pois as luzes continuam acesas sem necessidade, as torneiras voltam a pingar e os fortes produtos de limpeza voltam à ativa, e os alunos continuam agindo como antes tanto na escola quanto fora dela.
Crianças e adolescentes que não respeitam o meio ambiente e se a escola não despertar para seu papel principal de educar todos os dias e não uma vez por ano isso se tornará uma bola de neve e a sociedade continuará a formar mais e mais cidadãos adultos que continuarão a poluir a natureza.
Devem ser parabenizadas as escolas que tem como meta a educação por um todo, dando exemplo, ensinando e cobrando atitudes de respeito a si próprio, à sociedade e ao meio ambiente.
Já para as escolas que não dão tanta importância à ecologia apelamos que acordem, pois sem o equilíbrio ambiental não há haverá vida em nosso planeta.
Autor: Carlos Abreu• 5 de julho de 2010 A Sustentabilidade nas Escolas

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Pilares da sustentabilidade


Para um projeto possuir características sustentáveis ele deve estar assentado sobre 4 pilares:


- Ser ecologicamente correto;

- Ser socialmente justo;

- Ser economicamente viável; e

- Ser culturalmente aceito.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O que é Sustentabilidade?


Cquote1.svgO desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.Cquote2.svg
— Relatório Brundtland
Olá Vera!!!!

Adorei nosso blog! Parabéns!!

Agora vamos ao trabalho.
Bjs.